Bem - vindos ao meu Blog que pretende ser um espaço de partilha e construção de saberes.
Este blog foi criado no âmbito da disciplina de Pedagogia Geral – História, Correntes e Modelos Educacionais, do curso de Educação Visual e Tecnológica, do Instituto Piaget de Viseu, com a coordenação do Doutor Carlos Jorge Correia.

Deste Blog irão constar trabalhos de índole diversificada, como por exemplo: reflexão em torno de temas educativos; trabalhos realizados individualmente ou em grupo; divulgação de actividades através de registos fotográficos ou vídeo; eventuais pesquisas sobre o artesanato; temas relacionados com o património e com a arte, daí o nome "Ensin@rte" - "A arte do ensino e o ensino da arte"

Considero que esta ferramenta poderá ser muito útil, não só como instrumento de aprendizagem, mas também para a nossa formação enquanto cidadãos e educadores de uma sociedade tecnológica e exigente, em constante mudança, que urge acompanhar para não nos sentirmos “obsoletos” e ultrapassados.

Estas novas tecnologias têm um papel muito mais apelativo e, por conseguinte, exercem um contributo fundamental para a promoção do ensino/aprendizagem, principalmente das crianças e dos jovens.

O blog é um instrumento pedagógico de carácter pouco formal que concilia, neste caso, duas vertentes: a tecnológica e a pedagógica.

Nova visão de Guernica

http://www.lena-gieseke.com/guernica/movie.html
O blog ainda está a ser alvo de algumas "afinações". Pelo facto, peço desculpa aos leitores

quarta-feira, 10 de março de 2010

Maurice Utrillo

Maurice Utrillo nasceu em Paris no ano de 1883, era filho da famosa pintora Suzanne Valadon. Não tinha qualquer formação artística. Foi ensinado e incentivado pela mãe a pintar e desde criança revelou um grande talento artístico. A pintura era uma terapia para se afastar do alcoolismo. Foi um grande pintor da Cidade Luz.
A obra de Utrillo atraiu críticas e atenção. De início, foi influenciado pelos impressionistas. No entanto, desenvolveu um estilo muito pessoal, seguro e forte, sem vestígios das dificuldades que viveu.
Desenhou e pintou Montmartre, mas via a cidade com profunda tristeza e sombria. Pintava com linhas rectas, descrevendo ruas obscuras e quase sem presença humana, becos abandonados, prédios sujos, casas descoloridas e melancólicas. Utrillo é sobretudo admirado pela sua capacidade em exprimir a solidão e o desinteresse pela vida urbana. A sua poética interpretação das ruas e praças de Montmartre contribuiu substancialmente para popularizar uma imagem romântica. No entanto, quando pintava as pessoas, elas eram representados como seres solitários, perdidos no isolamento social.
A sua paleta, sombria de início, tornou-se cada vez mais luminosa. Utrillo pinta também com uma mistura de tinta e areia, gesso e cal para tornar a sua pintura mais física, principalmente nas paredes. No fim da vida, pintou paisagens vistas de janelas e inspirado em cartões postais e da memória. Utrillo ficou conhecido como o pintor das vistas urbanas e atmosferas envolventes. A sua pintura mais famosa é “Montmartre street Corner” ou “ Lapin Agile”.
Maurice Utrillo faleceu em 1955, e foi enterrado em Montmartre.

Fontes: CUMMING, Robert. Comentar a Arte. Ed. Civilização, 1995.
Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Pablo Picasso


Pablo Picasso nasceu em Málaga a 25 de Outubro de 1881,onde passou os seus primeiros anos de vida e começou a pintar sobe a influência do seu pai, que também era pintor e professor de desenho.
O período entre 1901 e 1904 é chamado o período azul da obra deste Pintor e que começou com o quadro “ Evocação – O funeral de Casagemas”. A partir de agora, Picasso deixa a vida libertina de Paris e a euforia dá lugar à melancolia. O tema da obra de Picasso é principalmente a vida miserável dos marginalizados pela sociedade: velhos, pobres, doentes, prostitutas e alcoólicos. A paleta desta fase é em tons de azul e verde azulado.
De 1905 a 1906, a Fase Rosa reflecte o estado de espírito do autor, pois vive um romance com Fernande Olivier, talvez o primeiro amor, entre muitos, de Picasso. As personagens são representadas num clima de ternura e suavidade com dançarinas, acrobatas e arlequins. As cores são esbatidas e os tons predominantemente rosas. Trabalha também em escultura e gravura.
Em 1906 pinta o célebre retrato Gertrude Stein que revela um tratamento do rosto em forma de máscara. Apesar do sucesso da Fase Rosa, Picasso decide abandonar este estilo, esta nova fase é marcada pela influência das artes gregas, ibérica e africana, constituindo o protocubismo, movimento que antecedeu o cubismo. Em 1907, Picasso pinta “ Les Demoiselles d’ Avignon”, um quadro pré-cubista, que revela o impacto da arte africana. Este quadro é uma grande tela que sofreu várias modificações e para a qual Picasso elaborou muitos esboços. O corpo e a cabeça são fragmentados em peças angulares, as curvas transformam-se em formas pontiagudas. Não há modelação dos corpos através da luz e sombra, mas a combinação de vários ângulos de visão. Com esta obra, o pintor quebrou todas as tradições e regras naturalistas ocidentais ao representar, de forma cubista, quatro prostitutas. Este quadro representa a revolta contra a arte ocidental desde a Renascença. O rosto das mulheres parecendo máscaras, sugerem o início do Período Negro na sua obra.
Entre 1909 e 1912, Picasso desenvolve outro estilo de pintura – o cubismo analítico, definido pela visão simultânea e multifacetada dos vários aspectos da forma observada. No cubismo analítico há a predominância de poucas cores (preto, cinza e tons de marron e ocre) e a distribuição de luz na tela, varia de um elemento para o outro.
De 1912 a 1919 desenvolve o cubismo sintético começa a elaborar composições nas suas telas, onde conjugava fragmentos de papéis, tecidos, pedaços de jornais, embalagens de cigarros etc. As cores são vibrantes, em sobreposições e transparências de planos.
Picasso dedica-se também à escultura, gravação e cerâmica. Como gravador, domina as diversas técnicas: água-forte, água-tinta, ponta-seca, litografia e gravura sobre linóleo. É considerado um dos pioneiros em realizar esculturas a partir da junção de diferentes materiais.
Aos 87 anos, o pintor regressa ao estilo da sua juventude. Produz, em sete meses, 347 gravuras, retomando temas como os do circo, das touradas, do teatro, do erotismo. Alguns anos depois e de alguns problemas de saúde, Picasso termina a sua produção artística. Os seus 90 anos são comemorados com uma exposição no museu do Louvre, tornando-se o primeiro artista vivo a expor as suas obras neste Museu.
Pablo Picasso morre aos 91 anos, a 8 de Abril de 1973, na cidade de Mougins, na França. Da vasta obra deste versátil pintor, a mais conhecida é o surrealista mural Guernica, que retrata a cidade basca após o bombardeamento pelos aviões de Hitler – um símbolo da crueldade da guerra.
WALTHER, F.. Picasso. Tashen, Público, 2004.
CUMMING, Robert. Comentar a Arte. Ed. Civilização, 1995.
Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Pierre-Auguste Renoir

Pierre-Auguste Renoir nasceu em Limoges no ano de 1841, mas cedo foi viver para Paris. Foi um dos pintores fundadores do movimento impressionista francês. Foi um pintor da vida social urbana, no entanto, também pinta algumas paisagens.
Apesar de a sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir dava bastante importância à forma; teve mesmo um período em que se dedicou mais à pintura figurativa, evidente na longa série Banhistas. Renoir fez várias viagens, contactou com muitos artistas e obras de arte em diversos estilos, sendo notórias as influências, de Ticiano, Fragonard e Boucher. No período designado por “Período Seco”, Renoir, deixou de pintar ao ar livre e tentou tornar-se um artista de estilo renascentista. Tentou combinar o que tinha aprendido sobre cor, durante seu período impressionista, com métodos tradicionais de aplicação de tinta. As figuras das suas obras tornaram-se mais imponentes e formais, e muitas vezes abordou temas da mitologia clássica. Os contornos das suas personagens tornaram-se mais precisos e as formas desenhadas com mais rigor e cores mais frias.
A partir de 1889, Renoir dedicou a maior parte do seu tempo a pintar nus e retratos.
Em 1903, Renoir, apresentando sinais de estar a piorar da artrite, mudou-se para Cagnes. Sentindo cada vez mais dificuldades para segurar os pincéis, acabou por ter que amarrá-los às mãos. Começou também a esculpir, na esperança de poder expressar seu espírito criativo através da modelagem, mas também nesta arte ele precisava de ajuda de dois jovens artistas que trabalhavam segundo suas instruções. Renoir trabalhou até ao fim dos seus dias, apesar das suas limitações físicas.
Morre a 3 de Dezembro de 1919, em Cagnes, o pintor da felicidade e da harmonia e das coisas belas – Renoir.
FEIST, Peter H.. Renoir. Tashen, Público, 2004.
CUMMING, Robert. Comentar a Arte. Ed. Civilização, 1995.
Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Claude Monet



Claude Monet nasce em Paris em 1840. Aos cinco anos, muda-se para Le Havre, nas costas da Normandia. Aos 15 anos revela a sua veia artística com desenhos de caricaturas. Conhece o pintor Eugène Boudin que o leva a pintar ao ar livre.
Em 1859 parte para Paris e ingressa na Académie Suisse. Regressa a Paris e entra num ateliê de Charles Gleyre onde conhece Bazille, Renoir e Sisley. Toma conhecimento da pintura de Manet e pinta a floresta de Fontainebleu.
Na sua obra “Impressão, Sol Nascente”, pintura que reproduz a atmosfera da aurora no porto do Havre, o traçado esboçado e as pinceladas rápidas pretendem captar o instante, o que escandalizava o público da época. Esta obra é exposta em 1874 na primeira exposição colectiva, num estúdio do fotógrafo Nadar, no Boulevard des Capucines. Um crítico sugere, em tom jocoso, a designação de impressionismo para a corrente preconizada por pintores como Monet, Renoir, Bazille, Pissarro, entre outros.
No início da década de setenta, Monet instala-se em Argenteuil, junto ao Sena. Centra o seu trabalho no rio, nos barcos à vela, nos campos, nas sensações que a natureza oferece. Este é o pintor da impressão da atmosfera, da luz e dos seus reflexos, que pintava com toques rápidos, pinceladas pequenas e separadas: os seus quadros parecem feitos de vibrações luminosas. Monet tentou eliminar o desenho e associou o sonho à sua pintura.
Além das paisagens aquáticas, os temas dos jardins e das flores são dos preferidos de Monet pois permitem o estudo das cores e da luz. As sombras são coloridas e a luz é captada de um modo extraordinário. As personagens em tamanho real e pormenorizadas, mais tarde, são substituídas por esboços formados por pontos e traços que servem para elaborar um jogo de sombras e luz e estruturar o espaço.
Em 1894, Monet remodela a propriedade em Giverny na qual passa a cultivar nenúfares num lago aí existente. Manda construir uma ponte de influência Japonesa, manda plantar flores e plantas exóticas das quais retira inspiração para os seus quadros. Pinta, então, a série dos nenúfares, que posteriormente doará ao estado francês.
No início do século XX, Monet é afectado pelas cataratas que, no entanto, não o impedem de continuar a pintar. Ao completar oitenta anos, é homenageado pelo estado francês. Morre em Dezembro de 1926, em Giverny.
HEINRICH, Christoph. Monet. Tashen, Público, 2004.
CUMMING, Robert. Comentar a Arte. Ed. Civilização, 1995.
Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Educação Visual e Tecnológica

Numa abordagem à disciplina de Educação Visual e Tecnológica é pertinente uma alusão ao Currículo Nacional do Ensino Básico que refere que a Educação Artística deve contribuir para a literacia em artes, o que implica o desenvolvimento de competências em quatro eixos estruturantes:
1. Apropriação das linguagens das artes,
2. Desenvolvimento da capacidade de expressão e comunicação;
3. Desenvolvimento da criatividade;
4. Compreensão das artes no contexto.
A Educação Visual e Tecnológica é uma disciplina que faz a abordagem de aspectos visuais e tecnológicos, dentro de uma área pluridisciplinar de Educação Artística e Tecnológica. Neste sentido, esta disciplina surge no plano curricular do 2º ciclo do Ensino Básico como uma disciplina integradora dos diferentes saberes
A disciplina não tem como objectivos a formação de artistas nem a formação de técnicos, mas sim a formação de cidadãos conscientes, críticos e participativos na sociedade. Desenvolver nos alunos, a percepção, a sensibilidade estética, a criatividade, a capacidade de comunicação, o sentido crítico, as aptidões técnicas e manuais, o entendimento do mundo tecnológico, o sentido social, a capacidade de intervenção e de resolução de problemas.
A disciplina desenvolve-se segundo uma pedagogia centrada no relacionamento do aluno com o meio e com os outros. A sala de aula deve ser um local de criatividade, não só na execução, mas também na planificação dos trabalhos, na busca constante de soluções para os diversos problemas.
A Educação Visual e Tecnológica é fundamental para o desenvolvimento dos indivíduos de forma global. Constitui um instrumento imprescindível para compreender o mundo, explorar novos valores e entender as diferentes culturas.
O incremento de actividades artísticas na escola pode estimular os alunos a aprender, através da arte a criança consegue desenvolver características indispensáveis para a compreensão de outras áreas do conhecimento humano. O ensino realizado através de actividades práticas torna-se mais significativo e interessante, pois os alunos são os sujeitos da sua própria aprendizagem. Por outro lado o contacto com a arte amplia o universo cultural das crianças e dos jovens. No entanto temos que concluir que para a arte conquistar um lugar de destaque na educação é necessário que os professores tenham uma postura inovadora para que esta área seja trabalhada de forma significativa e leve os alunos a terem mais prazer e satisfação em aprender.
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quarta-feira, 3 de março de 2010

Erikson e Freud


Erik Homburger Erikson (1902-1994) foi um psiquiatra responsável pelo desenvolvimento da Teoria do Desenvolvimento Psicossocial na Psicologia e um dos teóricos da Psicologia do desenvolvimento.
Erikson desenvolveu e clarificou a teoria de Freud, tornando-a mais completa e um meio de compreensão do desenvolvimento pessoal.
Para Freud, o desenvolvimento pessoal estava terminado por volta dos seis ou sete anos. Erikson prolongou esses estádios de desenvolvimento, para ele o desenvolvimento dá-se ao longo de toda a vida, no entanto considerava que a infância tinha uma importância acrescida. Freud, na sua teoria, destacou os aspectos negativos e patológicos do desenvolvimento emocional e Erikson delineou dimensões positivas e negativas para cada um dos períodos, mas dando mais importância aos aspectos positivos.
Enquanto Freud focalizava a sua teoria principalmente no inconsciente, Erikson focava a sua teoria sobretudo no ego, como sendo um organismo autónomo e no qual se desenvolvem actividades cognitivas como percepção, atenção, memória e aprendizagem, que não são só instintivas.
Erikson considera que o que impulsiona o desenvolvimento é o Princípio Epigenético - diz respeito ao desenvolvimento da personalidade de acordo com um plano de base que constitui um mapa de potencial e que se incrementa segundo uma sequência lógica. Quando a relação da criança com o meio for saudável e a crise de cada estádio de desenvolvimento for resolvida, a criança está em condições de passar para o outro estádio. Podemos dizer que nos estádios de desenvolvimento cada fase influencia a seguinte, assim como o ambiente e as relações com os outros têm influência na personalidade de cada um.
Erikson formulou o seu quadro de referência para o desenvolvimento psicológico em termos de estádios de crises sucessivas que resultam das exigências que a sociedade impõe ao indivíduo. O conceito de “crise” é fundamental na teoria de Erikson para a estruturação da personalidade ou identidade pessoal. Conforme for resolvida a crise, o indivíduo ficará mais apto a dominar o ambiente que o rodeia e a ser capaz de se compreender melhor a si aos outros.
As crises psicológicas permitem que o sujeito adquira sentimentos como a esperança, vontade, capacidade de iniciar actividades, competência, fidelidade, amor, cuidado, sabedoria ou, ao invés, desconfiança, sentimentos de perda de controlo, medo, sentimento de inferioridade, confusão, isolamento, auto-indulgência, desgosto face à vida e desespero face à morte. Estes sentimentos surgem ao longo do ciclo de vida, distribuídos por oito idades. Quando a resolução da crise é favorável dá-se uma aquisição positiva que é a virtude específica.
À semelhança de Freud, Erikson também considera que, se uma etapa da vida não for bem resolvida, poderá causar perturbações psicológicas ao longo da vida do indivíduo. Para Erikson a tarefa principal é a construção da identidade pessoal.
Fonte:
Sprinthall,N. A. & Sprinthall, R.C. (1993). Psicologia Educacional Uma abordagem Desenvolvimentista. Lisboa: McGraW-Hill
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Freud

Sigmund Schlomo Freud (1856-1939) foi um médico neurologista fundador da psicanálise. Nasceu em Freiberg, Morávia (hoje Příbor), quando esta pertencia ao Império Austríaco.
Freud interessou-se principalmente pelas questões do inconsciente que motivam o comportamento humano. Segundo este pensador, é nos primeiros anos de vida que se forma a personalidade dos seres humanos quando os impulsos biológicos inatos ligados às pulsões entram em conflito com as regras e exigências da sociedade. Estes conflitos acontecem segundo uma sequência de etapas baseadas na maturação do desenvolvimento psicossexual.
Freud considerou os primeiros anos de vida como sendo cruciais no desenvolvimento da personalidade. Sugeriu que o facto de as crianças receberem muita ou pouca gratificação em qualquer uma destas fases pode levar ao risco de fixação – uma paragem no desenvolvimento.
Freud propôs três hipotéticas instâncias da personalidade: o id, o ego e o super-ego. O id é o reservatório inconsciente das pulsões, as quais estão sempre activas. Regido pelo princípio do prazer, o id exige satisfação imediata desses impulsos. O ego evoluiu do id mas funciona principalmente a nível consciente e pré-consciente. Dirigido pelo princípio da realidade, o ego cuida dos impulsos do id, logo que encontre a circunstância adequada. Desejos inadequados não são satisfeitos, mas reprimidos. O super-ego, apenas parcialmente consciente, é como um “controlador” das funções do ego, tendo em conta os valores pessoais e sociais fonte dos sentimentos de culpa e medo de punição.
Segundo Freud o Ego tem mecanismos de defesa, ou seja estratégias inconscientes de resolução de conflitos, ansiedades, impulsos agressivos não solucionados ao nível da consciência. Recalcamento é um mecanismo de defesa do ego que consiste em afastar uma determinada coisa do consciente, mantendo-a no inconsciente. Regressão é o retorno a estádios anteriores que provaram ser seguros e gratificantes, para fugir de um presente angustiante. Deslocamento consiste em transferir uma emoção para um objecto mais aceitável. Sublimação é o mecanismo pelo qual a energia inerente a impulsos primitivos ou inaceitáveis é transformada e dirigida a objectivos socialmente úteis. Projecção é a atribuição os sentimentos próprios indesejáveis a outras pessoas. Racionalização é um mecanismo para manter o respeito próprio e evitar o sentimento de culpa, explica uma conduta com uma motivação falsa.
Baseando-se na sua experiência como médico, Freud acreditava que as perturbações emocionais dos indivíduos residiam nas experiências traumáticas reprimidas nos primeiros anos de vida. No entanto, os conteúdos do inconsciente só se manifestam no consciente de forma dissimulada, por exemplo através dos sonhos. No tratamento de muitos dos seus pacientes, desvendou que os distúrbios de natureza hipocondríaca ou histérica estavam relacionados com sentimentos reprimidos com origem em experiências sexuais perturbadoras. O instinto sexual não se apresenta consciente devido à repressão. A revelação dessa repressão inconsciente era obtida pelo método da livre associação e interpretação dos sonhos. Aqui quando se fala em sexualidade não é no sentido restrito, apenas genital, tem um sentido mais amplo, diz respeito a todas as formas de gratificação ou busca do prazer. Esta sexualidade existe no ser humano desde o seu nascimento.
Segundo Freud, a nossa mente consciente não controla todos os nossos comportamentos, pois estes também estão dependentes do nosso inconsciente. Os conflitos entre o consciente e o inconsciente marcam a nossa personalidade e fazem de nós seres únicos e diferentes de todos os outros. Em termos psicanalíticos, podemos dizer que somos o resultado da história da nossa infância.
É no inconsciente que está a chave para a compreensão dos nossos comportamentos.
Fonte: TERRÉ, Jordi, 2008, Freud, Vida, Pensamento e Obra, Colecção grandes Pensadores, Portugal, Edição Planeta De Agostini, S.A. para o jornal Público
Sprinthall,N. A. & Sprinthall, R.C. (1993). Psicologia Educacional Uma abordagem Desenvolvimentista. Lisboa: McGraW-Hill
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domingo, 28 de fevereiro de 2010

Ser professor

Na minha opinião, o professor é um elemento activo no processo educativo ao qual são atribuídas várias funções.

Na sua acção como educador, para além de transmitir informações e ajudar o aluno construir o seu conhecimento, tem também responsabilidade na sua formação cultural e cívica. Isto é muito mais do que transmitir conteúdos das matérias curriculares para o desenvolvimento intelectual da sociedade / humanidade. É fundamentalmente ensinar a ser cidadão.

É necessário ensinar aos alunos que têm direitos e deveres que devem cumprir e respeitar para que todos possam viver dignamente em sociedade.
O professor deve trabalhar os valores, a importância de respeitar os outros para serem respeitados. Tem obrigação de despertar nos alunos a curiosidade, o gosto pelo saber, a criatividade, ensinar a pensar e a saber ouvir, estimular a solidariedade e a cooperação. O professor deve contribuir para que os alunos ganhem autonomia e cumpram as suas tarefas com responsabilidade.

O professor é um mediador que ajuda o aluno a construir a sua identidade e a atingir os seus objectivos.

No entanto, actualmente, o professor, para além das suas funções inerentes, adquiriu novas responsabilidades, novos papéis gradualmente mais difusos. O seu trabalho intensificou-se e espera-se que este seja igualmente administrativo, técnico de educação sexual, psicólogo, assistente social, organizador de eventos, actor, entertainer, … por vezes, num claro prejuízo para o próprio e para a qualidade do ensino aos seus alunos.
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Educação

Educação – do Latim “ educatìo,ónis” acção de criar, de nutrir; cultura, cultivo.
Educação teve origem na necessidade do homem passar aos seus descendentes a sua informação, a sua herança cultural. É por isso, um fenómeno de todas as sociedades. É a transmissão de conhecimentos, culturas, modos de ser e estar necessários para que o ser humano tenha um papel activo e responsável na sociedade.
Educação é um processo contínuo de formação que tende a influenciar o indivíduo e contribuir para o desenvolvimento integral de todas as faculdades humanas.
O processo de educação começa no âmbito familiar, quando os pais ou familiares ensinam às crianças o que consideram estar certo, os seus valores, segundo a sua cultura e tradições. Isto será a educação informal. Num segundo momento da vida da criança, a escola surge como um espaço onde adquire conhecimentos de diferentes áreas do saber. Esta prática educativa formal ocorre em espaços próprios de ensino e dá-se de forma intencional e com regras e objectivos determinados, como é o caso das escolas. No entanto, o papel da escola não pode ser só o de transmitir conhecimentos mas também dar continuidade ao processo iniciado na família, educando as crianças e jovens para a vida através da disciplina, do estímulo ao exercício da cidadania.
Embora essas duas instituições básicas – família e escola - sejam complementares e se possam articular, elas são bastante diferentes nas suas origens e objectivos. A família espera que a escola cumpra com a sua função pedagógica e formadora, mas a escola espera, igualmente, o acompanhamento e cooperação em todo o processo por parte da família.
Podemos ainda incluir na educação do ser humano a educação não formal, onde são desenvolvidas certas competências não certificadas, nomeadamente as que são adquiridas fora dos espaços normalizados para o efeito, sejam elas de carácter mais social, técnico, lúdico ou outras.
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A escola

Na minha opinião, a escola é o principal espaço de formação e preparação das novas gerações. É um local de partilha de saberes, um espaço que deve contribuir para o desenvolvimento do indivíduo e da sociedade.
A escola deve desenvolver nos alunos valores e conceitos para a vida plena em cidadania, deve levá-lo a descobrir que tem direitos e deveres a exercer. São tarefas bastante difíceis mas que devem ser assumidas por todos os envolvidos no trabalho escola.
Na escola, o professor é um mediador no processo ensino-aprendizagem que, através de diversos procedimentos e estratégias cognitivas, conduz o aluno à sua própria aprendizagem. No entanto a escola deve actuar de forma abrangente, não tendo só como objectivo a instrução. Deve procurar melhorar todos os aspectos que constituem o ser humano, deve dotar os indivíduos não só de conhecimentos, ideias, habilidades e capacidades formais, mas também, de disposições, atitudes, interesses e regras de comportamento. Assim, a escola, tem como objectivo principal a socialização dos alunos para prepará-los para sua inclusão no mundo do trabalho e na sociedade. A escola deve formar cidadãos críticos e conscientes preparando-os para a vida.
No entanto, o êxito do processo educacional não depende só da escola, mas também da relação com a sociedade e da actuação e participação da família, que deve estar atenta a todos os aspectos do desenvolvimento do educando.
As escolas contribuem para que as sociedades se perpetuem e podem exercer um papel determinante nas mudanças sociais, pois transmitem valores morais que integram as sociedades. Na sociedade actual, os novos desafios as novas formas de trabalho e de organização social são problemas que exigem novas soluções e muito mais empenho das escolas e de todos os intervenientes neste processo educativo.
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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Carl Rogers (1902-1987)

Carl Rogers nasceu a 8 de Janeiro de 1902, em Oak Park, Illinois, EUA. Considerado um grande Psicólogo e importante pensador americano, foi um precursor da psicologia humanista e criador da teoria conhecida como Abordagem Centrada na Pessoa. Concluiu o curso de História depois de frequentar o curso de Agronomia, matriculou-se também em Teologia onde contacta com uma visão mais liberal da educação. Depois interessou-se particularmente pela psicologia e pela psicopedagogia. Liderou um grupo de pesquisadores que realizou um estudo intensivo e controlado, utilizando a psicoterapia centrada no cliente com pacientes esquizofrénicos, obtendo muitos dados de interesse científico. Foi o início de uma abordagem mais humana junto dos pacientes hospitalares. Desde 1964, Rogers associou-se ao Centro de Estudos da Pessoa, em La Jolla, Califórina, entrando em contacto com outros teóricos humanistas, como Maslow, e filósofos, como Buber e outros. Maslow considerou Rogers como um dos principais responsáveis pelo acesso e reconhecimento dos psicólogos ao universo clínico, antes dominado pela psiquiatria médica e pela psicanálise.
Defensor de uma pedagogia liberal não-directiva, em 1971 dirige a sua atenção especialmente para a Educação, aplicando as experiências do seu consultório, com a proposta da pedagogia centrada no aluno.
A teoria de Carl Rogers apela à reflexão sobre as mudanças necessárias na educação e no relacionamento entre aluno e professor, visando a busca de uma aprendizagem significativa e qualitativa. ROGERS (1997) refere: ”Por aprendizagem significativa entendo aquela que provoca uma modificação, quer seja no comportamento do indivíduo, na orientação da acção futura que escolhe ou nas suas atitudes e na sua personalidade”.
Rogers não vê o aluno como uma “tábua rasa” mas sim um sujeito com capacidades, potencialidades e características direccionadas para a realização.
Para Rogers, ensinar é mais que transmitir conhecimentos, é estimular a curiosidade, é instigar o desejo de aprofundar os conhecidos. É desafiar o aluno a confiar em si mesmo e desenvolver a sua autonomia, pois considera que a aprendizagem só é duradoura se o sujeito aprender a aprender. As aulas deixam de ser expositivas e o conhecimento constrói-se através de actividades de autoformação individual e do trabalho em pequenos grupos. Este modelo educativo valoriza muito a criatividade e os factores emocionais, em detrimento do domínio cognitivo. O professor deve ter uma atitude flexível e o seu papel deve ser orientar o aluno na sua própria aprendizagem, tendo por finalidade a sua realização como ser humano. Este processo deve prosseguir num clima de liberdade e autonomia.
A avaliação neste processo ensino/aprendizagem é uma avaliação contínua, realizada no dia-a-dia.
Carl Rogers foi, por duas vezes, eleito presidente da Associação Americana de Psicologia e recebeu desta associação os prémios de Melhor Contribuição Científica e o de Melhor Profissional. Publicou 16 livros, dentre os quais se destacam: "Tornar-se Pessoa", "Um Jeito de Ser" e "Terapia Centrada no Cliente".
Penso que esta pedagogia não-directiva, aprendizagem centrada na pessoa é revolucionária e transformadora pois tem em conta o desejo natural de todo o aluno de participar e interferir em seu próprio processo. Faz com que o aluno estabeleça critérios e determine objectivos para a sua formação. O conhecimento construído pode ser muito mais duradouro e de acordo com os interesses do aluno. No entanto, na minha opinião, outros aspectos serão também importantes na educação, como o desenvolvimento cognitivo, e os resultados de aprendizagem. Se os resultados da aprendizagem não são avaliados nem valorizados, penso isso que pode conduzir à desmotivação de muitas crianças e jovens.
A autonomia da aprendizagem requer grandes mudanças, quer na mentalidade da sociedade em geral, quer ao nível de infra-estruturas no sistema educativo, como sistemas de apoio com condições e materiais disponíveis para todos. Penso que o actual sistema educativo, principalmente ao nível da formação superior, caminha para a autonomia do aluno, nomeadamente com o ensino à distância e a utilização das novas tecnologias. No entanto, noutros níveis de ensino, penso que este modelo educativo terá algumas dificuldades na sua execução.

http://elisakerr.wordpress.com/concepcao-de-aprendizagem-de-carl-rogers/
http://genigonosovo.blogspot.com/
Wikipédia, a enciclopédia livre.
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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Agostinho da Silva – poeta, filósofo, professor e pedagogo…


Agostinho da Silva (1906 – 1994) polémico pedagogo português, empenhou-se desde cedo na fundação de movimentos, escolas e institutos com objectivos pedagógicos. Publicou vários artigos críticos ao meio académico português, principalmente às universidades. Esteve preso devido a conflitos com o Estado Novo e a Igreja Católica, optou por se exilar no Brasil onde participou na fundação de Universidades. Regressa a Portugal em 1969, após alguma abertura política e cultural do regime. Desde aí continuou a escrever e a leccionar em diversas universidades portuguesas. Deixou uma vasta obra, desde poemas, ensaios filosóficos, estudos sobre História, cultura e religião, entre muitos outros.

Agostinho da Silva, tendo sido aluno e também professor na escola tradicional conhecia bem os seus problemas e as suas deficiências, contra as quais lutou e tentou mudar, no entanto as suas acções foram limitadas pelo controlo do poder político. Este pensador tinha claro no seu pensamento e nas actividades que desenvolveu a necessidade de um sistema económico e de políticas governamentais que valorizassem a educação e que esta se empenhasse  na construção de cidadãos conscientes e de espírito livre. Alertou para a emergência de mudar as escolas, para que estas não tivessem só a finalidade de instruir, mas principalmente educar. Afirmou que o objectivo do professor é fazer com que os alunos procurem investigar e saberem a razão das coisas. Agostinho da Silva foi um homem que privilegiou sempre o pensamento em detrimento do aprender à força.

Agostinho da Silva interessou-se pela Escola Nova e pelas Pedagogias Libertárias, defendia uma escola aberta à sociedade e centrada nas possibilidades criadoras das crianças. A escola do futuro para ele deverá ser baseada “… numa pedagogia em que fosse a criança o modelo do mestre, e não o contrário.” (Dispersos, p.774). Agostinho da Silva critica este mundo que se tornou mais complexo e menos solidário, onde as famílias são cada vez mais desestruturadas e deixam que os filhos cresçam sozinhos, onde se dá muita importância ao poder económico em detrimento dos valores e da afectividade.

Em toda a sua vida, Agostinho da Silva, defendeu a tolerância e a colaboração entre os homens e os povos. Valorizou a cultura da paz e transmissão de valores como a solidariedade, autonomia e liberdade. Este pedagogo tinha consciência que estes princípios têm que ser alicerçados na formação integral da pessoa humana. Por tudo isto se pode dizer que as ideias de Agostinho da Silva estão cada vez mais actuais e pertinentes.
Fontes:


http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros


http://revistalusofonia.wordpress.com


http://www.ensino.eu/2001/ago2001/destaque.

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João de Deus - Poeta lírico e pedagogo.

João de Deus (1830 - 1896) envolveu-se nas campanhas de alfabetização, escreveu a Cartilha Maternal, criando um novo método de ensino da leitura, que o distinguiu como pedagogo. A Cartilha Maternal foi publicada pela 1ª vez em 1876 e baseia-se no princípio que concebe a aprendizagem da leitura na sequência da aprendizagem da linguagem oral. Este método inovador, na época, foi aprovado como o método nacional de aprendizagem da escrita da língua portuguesa, mais tarde, o seu uso torna-se facultativo.
João de Deus defendia o desenvolvimento das classes mais desfavorecidas e o culto pelos valores nacionais. O seu modelo educativo visava uma educação Integral, tendo em conta os períodos sensíveis da criança portuguesa, uma educação sensorial, perceptiva e motora, incluindo a educação física nas escolas. Respeitava a espontaneidade e pretendia desenvolver gradualmente o raciocínio da criança. Privilegiava o ensino individualizado, desde a idade dos cinco anos, o método da cartilha maternal era usado no ensino da leitura. A matemática devia ser ensinada com material específico. A observação e o contacto com a natureza eram fundamentais, assim como actividades de expressão gestual e artística (desenho, trabalhos manuais, música). O educador aplica uma pedagogia directiva, tendo em vista o desempenho e sucesso escolar da criança.
Organização Educativa era feita por níveis etários com programa específico para cada nível. Era favorecida a disciplina activa com a exclusão de prémios e castigos. A avaliação tem em conta a identidade de cada criança e a programação realizada.
O ambiente físico e humano também são objectos de preocupação, valoriza-se a funcionalidade mas também a sensibilidade artística. Os materiais para as actividades como a educação sensorial, perceptiva, actividades plásticas, motora e física também passam a ter especial destaque. Os livros, materiais de apoio e imagens são importantes para a aprendizagem.
O Modelo Pedagógico João de Deus, tem ainda como objectivos desenvolver valores, estimular a iniciativa e a criatividade, promover o brincar. Contempla o direito à educação de qualidade e adequada à idade dos alunos e o combate ao analfabetismo do povo português. João de Deus foi um grande pedagogo que promoveu grandes alterações no sistema de ensino português.

Fontes:
Fevereiro 13, 2008 Publicado por grandesnomeseducacao | Cartilha Maternal, Século XIX
http://blogs.esecs.ipleiria.pt/nebasica/2009/08/17/metodologia-joao-de-deus
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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sábado, 13 de fevereiro de 2010

Paulo Freire - Pedagogia da autonomia


«Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino» - Paulo Freire
Paulo Freire (1921 — 1997) É considerado um dos grandes pensadores na história da pedagogia. Foi um educador brasileiro destacando-se na área da educação popular, no âmbito da escolarização e da formação da consciência. Paulo Freire apresentou propostas pedagógicas no campo da educação, com vista ao desenvolvimento da autonomia dos alunos, dando valor á cultura e aos seus conhecimentos. Valorizava a simplicidade, o humanismo e a curiosidade dos intervenientes no processo ensino aprendizagem. Defendeu que era necessária a formação ética dos educadores com vista a estimularem os educandos na reflexão crítica da sociedade. Acusa a escola de passividade  face ao racismo e à exploração  dos trabalhadores, e ainda, de ser um entrave ao desenvolvimento das classes oprimidas. Paulo Freire desenvolveu uma nova metodologia para o desenvolvimento da literacia em adultos, defende uma educação para todos, sendo que uma das suas grandes contribuições foi no campo da educação dos mais desfavorecidos. No entanto dizia que “não existe uma educação neutra, pois todo o acto da educação é um acto político”.
Na pedagogia de Paulo Freire o centro da educação não é a pessoa mas sim o povo oprimido, visando um comprometimento social e político.
A pedagogia crítica de Paulo Freire deve ser objecto de reflexão para todos os educadores e professores, pois as suas ideias e ideais humanistas podem contribuir para a formação de pessoas mais críticas e conscientes e que se envolvam na construção de um mundo melhor e mais justo para todos os seres humanos.

Fontes: FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia saberes necessário à pratica educativa, 36 ed. São Paulo: Paz Terra, 2007.
Wikipédia, a enciclopédia livre.
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Teoria de Maslow

“Um músico deve compor, um artista deve pintar, um poeta deve escrever, caso pretendam deixar seu coração em paz. O que um homem pode ser, ele deve ser. A essa necessidade podemos dar o nome de auto-realização.”
Abraham Harold Maslow (1908 – 1970)


Abraham Maslow, psicólogo reconhecido pelo seu trabalho, defendeu uma das mais importantes teorias de motivação. Para este estudioso, a satisfação das necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia de importância, considerando uma pirâmide, na base estão as necessidades mais básicas como as necessidades fisiológicas e no topo, as necessidades mais elevadas ou seja, as necessidades de auto realização.
Na maior parte das sociedades com um nível de vida mais elevado, as pessoas têm as suas necessidades primárias satisfeitas por isso não têm muito efeito motivacional. Nesses indivíduos predominam as necessidades secundárias (sociais, estima e auto-realização). Nas sociedades com um nível de vida mais baixo, onde por vezes as necessidades primárias (fisiológicas, segurança) não são totalmente satisfeitas, o comportamento das pessoas é mais influenciado.
O ser humano quando nasce tem já certas necessidades fisiológicas – inatas ou hereditárias –, depois segue um caminho de aprendizagem surgindo, então, novas necessidades. Assim que um indivíduo satisfaz as necessidades fisiológicas e de segurança, vão surgindo as necessidades secundárias – sociais, estima e auto-realização. Estas só surgem se as necessidades básicas estiverem minimamente satisfeitas.
No entanto, Maslow salienta que nem todos alcançam os últimos patamares. Nalguns casos alguns indivíduos não chegam a alcançar sequer o quarto patamar, pois não conseguiram ver resolvidas as suas necessidades mais básicas – de segurança, de afecto ou sociais.

Fontes:
Sprinthall, Norman A. e Sprinthall, Richard C. Psicologia Educacional, Portugal: McGraw-Hill, 1993
Chiavenato, Idalberto, Recursos humanos na Empresa, São Paulo: Editora Atlas S.A., 1991
Esquema: http://novo-mundo.org/log/wp-content/uploads/maslow.jpg

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O Cérebro “Triúnico” de Maclean

O Cérebro “Triúnico” de Maclean, uma visão evolucionista
O ser humano é resultado de uma evolução de biliões de anos, ultrapassando várias fases no seu desenvolvimento que fizeram do ser humano um ser superior com pensamento abstracto e racional, consciência, inteligência e cultura.
Paul Maclean distinguiu 3 fases dessa evolução e desenvolveu a teoria do cérebro “Triúnico”, segundo a qual o cérebro humano está dividido em três partes, ou seja três cérebros num só.
A primeira parte é o paleoncéfalo ou cérebro reptiliano. Esta é a parte mais pequena do nosso cérebro é responsável pelas necessidades básicas e essenciais como por exemplo fazer a digestão, o sono, respirar ou assegurar o batimento cardíaco. Estas acções são de carácter mecânico e instintivo.
A segunda parte é o mesoencéfalo ou sistema límbico, que comum a todos os mamíferos. Este é responsável pela protecção, emoções e sentimentos. Este sistema é capaz de aprender e transformar as emoções em memória.
Finalmente, este autor defende a formação de um terceiro cérebro, o neocórtex, que é a parte maior e mais evoluída do cérebro. Este cérebro deu-nos uma consciência e um raciocínio lógico ou argumentativo, distingue os humanos dos outros animais dando ao ser humano o estatuto de ser superior.
Esta terceira parte do cérebro, permite que os seres humanos sejam socioculturais e tenham um papel interventivo na sociedade, sendo que, o homem é também produto dessa mesma sociedade e da sua cultura.

Fonte: Landini, José Carlos, Do Animal ao Humano Uma Leitura Psicodramática, São Paulo: Ágora, 1998
Imagem: http://3.bp.blogspot.com/_Eh5O8CnHhYk/ShWhUhZBX0I/AAAAAAAAAD8/2fRHY3Yd6jA/s320/c%C3%A9rebro+triunico-1.jpg

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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

"O Principezinho", de Sait-Exupéry

 “O Principezinho”, é a obra com a qual Saint-Exupéry atingiu imortalidade literária, foi inicialmente publicada nos Estados Unidos em 1943 em Inglês e Português, mas só chegou ao mercado francês três anos mais tarde.
Este livro relata-nos as aventuras do menino que vive no asteróide B612 e revela a sabedoria da infância a um piloto que aterra de emergência no deserto do Sahara.
É uma história simples, mas com muitos detalhes, essenciais e com lições de vida para todos nós. É uma definição de amizade muito completa a partir da palavra «cativar», que, por sua vez, significa, tal como refere a raposa, «criar laços». A amizade é um valor que nos enriquece e nos torna muito mais felizes.
      Devemos não só cativar mas também deixar-nos cativar! 




O PRINCIPEZINHO E A RAPOSA
 

Foi então que apareceu a raposa.

- Bom dia – disse a raposa.
- Bom dia – respondeu delicadamente o principezinho, que se voltou mas não viu nada.
- Estou aqui – disse a voz – debaixo da macieira.
- Quem és? – disse o principezinho. – És bem bonita…
- Sou uma raposa – disse a raposa.
- Anda brincar comigo – propôs-lhe o principezinho. – Estou tão triste
- Não posso brincar contigo – disse a raposa. – Não estou cativada.
- Ah! Desculpa, - disse o principezinho.
Mas, depois de reflectir, acrescentou:
- O que significa “cativar”?

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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

“O Milagre de Anne Sullivan”

O Milagre de Anne Sullivan é um filme que narra a história verídica de uma criança cega e surda e da sua preceptora Anne Sullivan.

Helen era uma criança que ficou cega e surda depois de ter tido uma doença quando era ainda bebé. Os pais desta criança tinham poder económico mas não tinham formação para lidar com uma criança com este tipo de problemas. Esta família não sabia como educar esta criança e então dá-lhe toda a liberdade e muito mimo, o que provoca o caos e a desordem nesta casa. Helen não foi sociabilizada.

Os pais de Helen chegam a pensar em mandá-la para um asilo de doentes mentais. No entanto acabam por pedir ajuda a um colégio que lhes envia uma jovem para ser preceptora da menina.

Anne Sullivan estava habituada a lidar com cegos e também ela fora cega mas recuperou a visão após várias cirurgias. Anne era uma mulher forte psicologicamente, pois também ela viveu em asilos e passou por situações muito difíceis, às quais só os fortes resistem. No entanto, ao ver Helen, percebe que esta tarefa seria a mais difícil da sua vida.
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“O MENINO SELVAGEM”, de François Truffaut

Uma camponesa que anda na floresta ouve um barulho de arbustos a mexer, olha e, ao ver um “animal” estranho, foge e vai chamar uns caçadores que se encontram por perto. Esse “animal” estranho era um menino que andava com os pés e as mãos no chão, trepava às árvores, coçava a cabeça e o corpo como os animais e lutava como eles para se defender. Tinha unhas como garras e exprimia-se apenas por grunhidos. Sentindo-se perseguido, o menino começa a fugir, sobe a uma árvore e, por fim, esconde-se numa toca. O caçador faz fumo junto ao buraco e o menino é obrigado a sair. É levado para uma quinta e é entregue aos cuidados de um aldeão que o protege. Depois é transferido para uma prisão onde é muito mal tratado e responde com um comportamento muito agressivo. Só acalma com a presença e o carinho do aldeão que o tinha acolhido.

Em Paris, um médico lê uma notícia sobre este acontecimento e interessa-se por este caso e decide examinar esta criança.
O “Menino Selvagem” é levado para Paris preso por uma trela.
No jornal sai uma notícia que afirma que o “Selvagem” iria aprender os hábitos dos homens civilizados e depressa se deixaria maravilhar com as belezas da cidade. Consideravam, então, ser necessário submetê-lo a uma educação rápida.
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