quarta-feira, 10 de março de 2010
Claude Monet
Claude Monet nasce em Paris em 1840. Aos cinco anos, muda-se para Le Havre, nas costas da Normandia. Aos 15 anos revela a sua veia artística com desenhos de caricaturas. Conhece o pintor Eugène Boudin que o leva a pintar ao ar livre.
Em 1859 parte para Paris e ingressa na Académie Suisse. Regressa a Paris e entra num ateliê de Charles Gleyre onde conhece Bazille, Renoir e Sisley. Toma conhecimento da pintura de Manet e pinta a floresta de Fontainebleu.
Na sua obra “Impressão, Sol Nascente”, pintura que reproduz a atmosfera da aurora no porto do Havre, o traçado esboçado e as pinceladas rápidas pretendem captar o instante, o que escandalizava o público da época. Esta obra é exposta em 1874 na primeira exposição colectiva, num estúdio do fotógrafo Nadar, no Boulevard des Capucines. Um crítico sugere, em tom jocoso, a designação de impressionismo para a corrente preconizada por pintores como Monet, Renoir, Bazille, Pissarro, entre outros.
No início da década de setenta, Monet instala-se em Argenteuil, junto ao Sena. Centra o seu trabalho no rio, nos barcos à vela, nos campos, nas sensações que a natureza oferece. Este é o pintor da impressão da atmosfera, da luz e dos seus reflexos, que pintava com toques rápidos, pinceladas pequenas e separadas: os seus quadros parecem feitos de vibrações luminosas. Monet tentou eliminar o desenho e associou o sonho à sua pintura.
Além das paisagens aquáticas, os temas dos jardins e das flores são dos preferidos de Monet pois permitem o estudo das cores e da luz. As sombras são coloridas e a luz é captada de um modo extraordinário. As personagens em tamanho real e pormenorizadas, mais tarde, são substituídas por esboços formados por pontos e traços que servem para elaborar um jogo de sombras e luz e estruturar o espaço.
Em 1894, Monet remodela a propriedade em Giverny na qual passa a cultivar nenúfares num lago aí existente. Manda construir uma ponte de influência Japonesa, manda plantar flores e plantas exóticas das quais retira inspiração para os seus quadros. Pinta, então, a série dos nenúfares, que posteriormente doará ao estado francês.
No início do século XX, Monet é afectado pelas cataratas que, no entanto, não o impedem de continuar a pintar. Ao completar oitenta anos, é homenageado pelo estado francês. Morre em Dezembro de 1926, em Giverny.
HEINRICH, Christoph. Monet. Tashen, Público, 2004.
CUMMING, Robert. Comentar a Arte. Ed. Civilização, 1995.
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